PPP

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO


Marco Situacional

Nas últimas décadas, o capitalismo assumiu uma fase diferenciada. O capital financeiro se tornou dominante, uma vez que o investimento e o mercado de ações das bolsas de valores ditam as regras. Se antes o inimigo do trabalhador era, na divisão de classes, o patrão (proprietário dos meios de produção), hoje esse inimigo é mais forte e internacionalizado manifestando-se através dos banqueiros, especuladores e investidores.
O Estado passa à iniciativa privada o que era prerrogativa sua, abrindo espaço para a interferência direta da mesma em serviços básicos, como saúde e educação. Como exemplo, vemos que crianças ainda morrem com doenças de baixa complexidade, como diarréia e dengue. Isso acontece porque quem controla a fabricação e distribuição de medicamentos são as multinacionais farmacêuticas. Do mesmo modo acontece no que diz respeito à educação. O endividamento e enfraquecimento dos estados nacionais os obrigam a aceitar as cartilhas de instituições internacionais, como o FMI, que ditam as regras do funcionamento e dos investimentos na área. Fica claro, portanto, que a maioria dos conflitos sociais ocorre no âmbito financeiro e das relações de poder do capital.
Com o avanço do controle dos mercados pelos grandes blocos e corporações estrangeiras, acentuam-se as desigualdades sociais, ao passo que também aumenta a concentração da riqueza, nas próprias relações internacionais. Embora haja um formato pluripolar em desenvolvimento assumido pelas relações de poder, resultado de um processo histórico e dialético que enfraqueceu a hegemonia estadunidense, isso não alterou a relação entre Norte (dito desenvolvido) e Sul (dito subdesenvolvido ou emergente).  Pode-se concluir assim que permanece o conflito básico que move o sistema capitalista: dominantes X dominados.
Atrelados a esses grandes grupos dirigentes, percebe-se os representantes políticos tomando decisões em espaços públicos que favorecem os grupos privados. É a instrumentalização dos mecanismos de atuação para o povo em benefício de interesses particulares.
Cabe ressaltar que a política imperialista do Estado estadunidense não sofreu alterações com a eleição do ganhador do Nobel da Paz, Obama, que ironicamente mantém tropas no Iraque e Afeganistão, alimenta bases militares em todos os continentes, inclusive na Colômbia, e reativando a 4ª Frota (que atua no Atlântico Sul).
No quesito cultural nota-se que a formação do SER está ligada ao consumo e aos ganhos materiais imediatos, o que junto à descrença nas organizações coletivas, propicia a instalação de um esvaziamento das relações sociais e dos movimentos populares.
A cultura dominante, massificadora e imposta, e também a superficialidade do ser, descaracterizam a pessoa e fazem com que não seja mais visível ou perceptível a inserção nos grupos pertinentes, característicos (negro, pobre, trabalhador, etc.). Assim, o coletivo se perde e a consciência de classe não se constrói, pois existem padrões que impedem a superação das dificuldades dos grupos.
Nesse cenário, é importante frisar também que a hegemonia da política neoliberal já não é tão latente como foi até a década de 1990. Todos os déficits sociais criados por ela foram contestados pelos povos, principalmente da América Latina, o que causou uma reação popular que elegeu diversos governos de esquerda e progressistas no continente e, conseqüentemente, fortaleceu também a atuação dos movimentos sociais.
Tendo em vista que a conjuntura social atual está atrelada ao sistema capitalista, percebe-se que um dos impulsionadores dos conflitos sociais é a configuração da sociedade em classes, em que a classe popular se organiza como movimento de oposição e resistência através de greves, por exemplo, que é o conflito entre os detentores dos meios de produção e os que vendem sua força de trabalho, ou movimentos sociais como o dos Sem Terra, que são a ilustração da oposição dos trabalhadores rurais à concentração fundiária.
Entretanto, vislumbram-se outros conflitos como provenientes das injustiças sociais e daí a organização de grupos relacionados às lutas de gênero, étnicas, em prol da defesa dos direitos humanos, dentre outros.
A comunidade atendida pelo cursinho pré-vestibular Educafro, em Poços de Caldas, está inserida nesse contexto de conflitos sociais latentes, de exploração social disfarçado de mercado de trabalho e que sofre com as dificuldades encontradas em razão da discrepância de oportunidades entre ricos e pobres.
Nesse sentido, o núcleo Educafro em Poços de Caldas, é símbolo de que as lutas sociais através de movimentos organizados e comprometidos com a causa das mudanças são possíveis e trazem resultados. É também um meio de mostrar a má qualidade do ensino básico da rede pública, que não forma pessoas autônomas, mas “enforma” segundo as regras do sistema econômico e social vigente.

Marco Político

A lógica que rege as relações impostas pelo sistema conduz à exploração do homem pelo próprio homem e a do homem sobre o seu meio, o que se dá de forma exacerbada a fim de atender as demandas criadas pelo mercado. Dessa forma, percebe-se que no sistema capitalista é impossível falar em qualquer tipo de sustentabilidade, uma vez que o consumismo se torna cada vez mais necessário para a sua manutenção. Diante deste contexto, uma relação “sustentável” entre homem e meio só se fará possível mediante a transformação do sistema.
Diante disso, buscamos construir uma sociedade pautada na solidariedade e respeito, em que haja igualdade de condições. Uma sociedade que questione e subverta os valores básicos que mantêm a ordem capitalista, responsável pelas desigualdades sociais, culturais e econômicas. Onde as riquezas não se concentrem nas mãos de poucos e o trabalho não seja alienado, na qual prevaleçam políticas e reformas que atendam real e efetivamente ao povo. Propõe-se uma sociedade que se instrumentalize com a educação, a democracia, os espaços públicos e a tecnologia, enquanto dê passos para a garantia de novas alternativas que prezem pela supremacia do coletivo.
Observa-se aqui que não se trata de padronização ou uniformização, mas igualdade de acesso e possibilidade a todos. Isso somente será possível quando houver a substituição do modelo vigente por outro que não seja massacrante, explorador e injusto.
Daí surgirão as pessoas que a constituem, reflexivas e autônomas, sujeitos de sua própria história, conscientes de si e de sua presença no mundo, humanas de fato. Buscamos, portanto, pessoas ativas social e politicamente, que se reconheçam enquanto componentes de uma classe ou grupo específico; pessoas que aceitem e defendam sua verdadeira identidade, capazes assim de colaborar na modificação processual da mentalidade da sociedade e dos indivíduos que a compõem; seres humanos críticos, com capacidade de indignar-se e de tomar decisões frente a isso; sensíveis às injustiças e que valorizem o outro pelo que este é e não pelo que ele possui. Portanto, a construção do novo ser humano está atrelada a uma desconstrução da postura individualista, a qual alimenta o perfil indiferente ao mundo que o cerca.
Inserida nesse contexto, a rede Educafro existe no sentido de valorizar a diversidade, a brasilidade de seu povo, a construção da identidade a partir de reflexões sobre os padrões étnicos e pedagógicos (europeus). A prática dos movimentos sociais pautada nessas análises etnopedagógicas, transforma a ação social em construção efetiva de novas mentalidades, comprometidas com a resistência e a mudança.
Se analisada através de um recorte de classes, a questão étnica remete a idéia de desigualdade. Romper com o legado histórico de opressão ao negro é, também, projetar uma sociedade igualitária.
Nessa perspectiva, a Educafro busca alternativas que superem o preconceito e o racismo promovendo a autonomia dos grupos étnicos historicamente marginalizados. Compreende a importância das cotas enquanto medida paliativa, que tem como objetivo a reparação da injustiça histórica, mas julga que deve ser uma política de curto prazo enquanto perdurarem as desigualdades étnicas, lembrando que se faz necessário políticas públicas cada vez mais amplas que não se sustentem na tutela ou no paternalista.
A proposta da Educafro se coloca como caminho para reparar essa marginalização imposta ao negro e às classes populares de um modo geral. Para isso, além de possibilitar o acesso de tais grupos ao ensino superior, poderá atuar como espaço de conscientização (de todos os envolvidos - relação educador/educando).
Enquanto parte de um cursinho pré-vestibular comunitário podemos contribuir na quebra de paradigmas, através da denúncia do sistema público educacional básico falido; formação de indivíduos que tenham práticas e não somente discursos de cultura e cidadania. Estando inseridas na universidade pública ou privada, estas pessoas têm a possibilidade de dar continuidade ao movimento incessante de alteração do status quo, de indignação e busca de reparação para o povo pobre.
O cursinho além de cobrir a falha do sistema educacional oferecendo conteúdos muitas vezes não vistos nos bancos escolares ou então, matérias que não foram bem lecionadas, tem como finalidade de movimento social a criação de condições que trabalhem o sujeito, conscientizando os estudantes de seus direitos, através da luta por uma universalização do Ensino Superior público de qualidade.
Enquanto promotora da educação popular, a Educafro cumpre seu papel contrapondo o sistema educacional excludente, que valoriza o conhecimento acadêmico e não salienta a importância do conhecimento popular, que não articula o técnico com o científico.
Em termos sociais e humanos, é prioritário para nós, voluntários da Educafro:
  • Conscientização;
  • Humanização;
  • Superação do individualismo;
  • Promoção da auto-reflexão;
  • Busca por uma educação de qualidade e pelo acesso das camadas populares ao ensino superior;
  • Apoio à política de cotas
  • Transformação da realidade;

Cabe aos voluntários, portanto, dar um embasamento teórico sólido que permita ao educando a sua sustentação no espaço do ensino superior, reconhecendo que aquele espaço também é dele, possibilitando assim a organização autônoma para a permanência na universidade. Também, a melhoria da capacidade de reflexão e construção da autonomia e participação nas diversas esferas sociais, levando em conta que a luta é processual e se faz na práxis dos sujeitos. Uma verdadeira pedagogia emancipatória.


Marco Pedagógico

A educação necessária segundo o projeto Educafro é a que propicia a interdisciplinaridade e a formação da autonomia dos estudantes. Deve ser uma educação de qualidade e não apenas de quantidade. Nesse sentido, busca reais práticas de cultura e cidadania, como meio de alcançar a liberdade, através da valorização de atividades não formais, como movimentos culturais, artísticos, sociais e políticos.
A educação deve estudar a conjuntura global e fazer paralelos com a estrutura local, numa concepção de que os problemas mundiais estão em nível macro e micro e a desestruturação disso esbarra na práxis inserida dentro da comunidade atendida.
Para isso, faz-se necessário uma educação de caráter progressista, no sentido de dinamizar o processo educativo e o cenário em que a educação se insere.
Além desse condicionante é indispensável uma perspectiva social que propicie a clareza de que independente da graduação que a pessoa escolha, pense coletivamente, numa análise de que todas as áreas do saber podem contribuir para a emancipação e transcendência humana.
Nosso projeto julga necessário ainda, uma educação que conduza a uma “outra globalização”, capaz de levar os seres humanos a cooperar e não mais competir; que se utilize das tecnologias de forma comprometida com a efetivação de uma educação de qualidade e que de fato leve os educandos a conhecer outros “mundos” e a compreender a sua própria realidade, atuando como mecanismo de conscientização (ao invés de alienação...).
Para que as atividades descritas acima se concretizem, é preciso fugir das pedagogias paternalistas que não fazem com que os educandos se libertem. Deve ser uma pedagogia que se faça com o educando e não para o educando. Isso pode ser efetivado por meio de aulas mais participativas, interativas, como debates, oficinas.
Uma pedagogia que venha das bases, uma “pedagogia do oprimido”, tendo como pilar a busca pela conscientização e pela transformação da realidade opressora; visando formar seres humanos autônomos, conscientes de sua posição no mundo (de sua posição de classe) e aptos a transformá-la.
A pedagogia fornece subsídios para a transformação social é baseada numa educação como ato político; compreende que a prática educativa é intencional, carregada de uma contra-ideologia que induz à conscientização e a mudança dos paradigmas neoliberais.
Aproximando a esse perfil, defendemos a Pedagogia da Libertação, em que o educando seja sujeito histórico, um ser ativo, que faça re-significações do conhecimento que se apropria para uma alternância no seu contexto.
Os princípios que devem orientar nossa prática são:
·       Princípio do diálogo – a construção do saber deve ser efetuado no diálogo entre o professor e os educandos, de modo que o conhecimento docente possa ser questionado, reavaliado e que a opinião do educando também adquira a conotação de reflexão para se procurar novos olhares, novas perspectivas e superar o senso comum.
·       Princípio da democracia – a importância da transparência docente em expor para os educandos seu plano de curso logo no início do ano para que os estudantes contribuam com sugestões; oferecer espaços para os educandos se manifestem e se organizem em grupos.
·       Princípio da ação-reflexão-ação – refletir sobre a aula, reuniões, material didático, relação do educando com o processo de ensino-aprendizagem de forma que a avaliação constante sirva de componente indispensável para a revisão da prática, na sustentação de uma pedagogia que se alicerce na práxis.
·       Princípio da autonomia – autonomia do professor em planejar suas aulas, em escolher o material didático em consonância com seu plano de curso e com a realidade da comunidade. Esse princípio também está relacionado à oferta de subsídios para que o educando leia, resenhe, resuma, escreva, se organize em grupo para criar hábitos de estudo e de leitura de mundo.

Não se pode ainda deixar de incluir os seguintes princípios:

·       Respeito - a todo tipo de diversidade (cultural, étnica)
·       Solidariedade – no sentido de se propor a somar (dissociada da idéia de caridade);
·       Honestidade;
·       Compromisso;
·       A busca por igualdade e justiça social;
·       Cooperação;
·       Libertação
Já em relação aos principais elementos que devem constar em nosso projeto pedagógico, considera-se importante:
·       A luta contra a desigualdade social;
·       A inserção dos educandos da camada popular nas universidades públicas;
·       A educação crítica;
·       A formação continuada de educadores e coordenadores;
·       A defesa das cotas;
·       A luta pela igualdade étnica;
·       A interdisciplinaridade
Nesse contexto de busca da sociedade que idealizamos, a cumplicidade de toda a equipe de voluntários é primordial, nos períodos de avaliação dos educandos, professores e coordenadores, nas revisões do PPP e na construção dos mecanismos de participação dos educandos (contatos com a coordenação, comissão discente, inserção nas comissões já existentes).
Para contribuir com a sociedade que idealizamos a educação tem que se fazer na dialogicidade, distanciar-se do tradicionalismo de aulas expositivas que não levam em conta o pensamento do educando, não realizam uma interatividade e, portanto, não possibilitam a construção em conjunto.
A promoção de aulas mais dinâmicas perpassa pela utilização de vários recursos didáticos como fotos, vídeos, músicas, clipes.
Lembrando a curta duração das aulas e que esses recursos devem ter finalidade educativa, recomenda-se que os filmes e documentários sejam previamente assistidos pelo professor para que o mesmo selecione apenas as cenas que sejam pertinentes à aula.
A riqueza das aulas pode ser favorecida também a partir de novas abordagens e configurações. Palestras, oficinas, aulas extraclasse na modalidade de estudo do meio, júri simulado, entre outras alternativas, são algumas referências de se organizar novas metodologias de construção do ensino-aprendizagem.         
Visando um conhecimento complexo, que se emaranhe nos diversos fios da área do saber, defenderemos a INTERDISCIPLINARIDADE, buscando a interação das disciplinas (o dinamismo), a fim de que as aulas possuam um caráter social e possibilitem uma análise integral da realidade, a qual deve ser analisada pelos educadores de modo a possibilitar aulas que se tornem significativas e envolventes.
Em termos pedagógicos, a prioridade é:
·                 A utilização o conhecimento como ferramenta para a promoção da conscientização e formação social;
·                 A busca pela autonomia;
·                 A promoção e a interação entre as áreas do conhecimento (reforçando aqui, a importância da interdisciplinaridade).


DIAGNÓSTICO

Diante do confronto entre o que seria ideal, proposto no referencial, nas suas utopias, valores, visão de mundo e a análise real da instituição, mediante os indicadores, podemos estabelecer que as necessidades da Educafro, núcleo Laudelina de Campos Mello, são:
·       Maior integração entre as matérias e os professores.
·       Maior autonomia e auto-organização dos educandos.
·       Organização dos estudantes na parte da limpeza.
·       Mais autonomia da criação dos próprios materiais de trabalho por parte do professor.
·       Mais recursos tecnológicos para subsidiar aulas mais dinâmicas.
·       Apoio da comissão pedagógica em relação às aulas.
·       Mais planejamento por parte dos professores.
·       Prática de Cultura e Cidadania.
·       Maior comprometimento de toda a equipe em promover a conscientização e criticidade.
·       Participação em movimentos sociais.
·       Maior compromisso e cooperação de todos os voluntários.
·       Ampliar aulas e momentos de valorização da cultura afro-brasileira.
·       Intensificar espaços de reflexão e debate sobre as cotas.
·       Participação em abaixo-assinados, compromisso com a sociedade.
·       Haver planejamento macro (Projeto Político Pedagógico) e micro (plano de aula, planejamento de reuniões).
·       Favorecer maior formação continuada aos professores e coordenadores.
·       Maior abertura à comunidade.
·       Clareza e transparência nas contas.
·       Diálogo constante entre comissões.


PROGRAMAÇÃO

Objetivos:

ü     Promover a interdisciplinaridade;
ü     Instigar a autonomia;
ü     Propiciar a educação de qualidade;
ü     Incitar a conscientização e criticidade;
ü     Incentivar o compromisso e cooperação;
ü     Lutar pela igualdade de oportunidade e justiça social;
ü     Propiciar ação-reflexão-ação;
ü     Criar espaço de formação continuada;
ü     Promover a democracia e participação.

Políticas e estratégias:

ü     Elaborar um projeto com temas transversais escolhidos em conjunto entre educandos, professores e coordenadores. Ex.: Meio ambiente, aquecimento global, ética, pluralidade cultural, entre outros.
ü     Mural com os temas transversais para que cada professor trabalhe dentro da sua disciplina.
ü     Receber profissionais experientes de diversas áreas para um relato de como é a profissão no seu dia-a-dia.
ü     Aulas de estudo do meio, visitações e palestras, ao Convite ao Pensar.
ü     Atentar para a programação cultural da cidade e das universidades.
ü     Redações como meio avaliativo das disciplinas, principalmente da área de humanas, e ao mesmo tempo como instrumento de aperfeiçoamento da escrita.
ü     Momentos de saraus artísticos, na utilização da arte como ferramenta de denominador comum entre as várias disciplinas.
ü     Autonomia do professor em criar a sua própria apostila ou utilizar da anterior e a complementar, caso haja necessidade.
ü     Incentivar os educandos a se organizarem em grupos de estudos.
ü     Participação da comissão pedagógica na escolha do material didático, na profissionalização freqüente dos professores, na avaliação das aulas e direcionamento de outras possibilidades visando melhoria.
ü     Dinamização da biblioteca Educafro como meio de instigar a leitura e a informação.
ü     Aulas mais reflexivas e dinâmicas.
ü     Haver um maior diálogo entre as comissões (divulgação, seleção, pedagógica, administrativa, financeira e de eventos de cultura e cidadania) e a comissão geral com seu papel fundamental de orientar as demais, bem como avaliar o andamento de suas atividades.
ü     Usar do planejamento como uma ferramenta para evitar possíveis problemas.
ü     Palestras, seminários, júris simulados, reportagens que tratem sobre a questão da cota social e étnica.
ü     Usar da interdisciplinaridade para tratar sobre as cotas e para propiciar uma visão ampla sobre o assunto.
ü     Vídeos, fotos, saraus que busquem inflamar os educandos da importância da participação na sociedade como ferramenta de luta para o alcance de uma justiça social.
ü     Haver um comprometimento maior da comissão de apoio e comunicação de modo que não haja a centralização em apenas uma pessoa.
ü     Parcerias com universidades e a secretaria da educação para o oferecimento de cursos e seminários para uma cota de voluntários da Educafro.
ü     Formação de grupo de estudos por parte dos professores e educandos.
ü     Organização de excursões rumo a outros movimentos populares, feira de livro, congressos e eventos nacionais com incentivo financeiro da Educafro na medida do possível.
ü     Aulas mais abertas às opiniões e argumentações dos educandos.


Atividades permanentes

ü     Reunião com os professores para discutir sobre o tema do mural do mês e a importância da redação como avaliação.
ü     Disponibilidade de vídeos.
ü     Simulados com perguntas interdisciplinares.
ü     Criar quadro de rotatividade de educandos responsáveis pela limpeza.
ü     Eventos que demonstrem práxis de conscientização: Sete de Setembro, com o Grito dos Excluídos; Semana da Consciência Negra;
ü     Indicação de leitura e de filmes, por parte dos professores, para complementação do aprendizado (deixar exposto no mural).
ü     Reunião mensal com o intuito de analisar o processo do cursinho, lembrar de atividades paralelas (eventos, encontros de núcleos, informativos da sede...) e sugerir mudanças pertinentes.
ü     Cada coordenador ser o tutor de certo número de educandos para ouvir suas reivindicações, buscar possibilidades de superação e perpassar para a comissão competente os problemas que for da sua alçada. Fazer escala de um coordenador por mês conversar com a Comissão de educandos.
ü     O convite à participação dos educandos deve ser constante.

Determinações gerais

ü     Frisar nos primeiros dias a importância da auto-organização.
ü     Fazer contrato de convivência.
ü     No quesito à limpeza, é necessário um comprometimento de todos os envolvidos, sob orientação de professores e coordenadores, mas a atitude ficará a cargo dos educandos.
ü     O coordenador do dia, passar na hora do intervalo e lembrar aos educandos escalados de seu dia da limpeza, até que se organize a comissão dos educandos.
ü     Comissão administrativa, pedagógica e financeira buscar parcerias ou projetos de lei de incentivo, para a compra de computadores modernos, data show, e o acesso a internet, objetivando que o professor possa planejar suas aulas em Power Point, bem como pesquisar e agregar essa pesquisa em suas aulas.
ü     Planejamento de plano de curso e de plano de aula, por parte dos professores, sob responsabilidade da comissão pedagógica a orientação e cobrança.
ü     Articulação da Educafro com outras esferas sociais: sindicatos, conselhos, movimentos populares.
ü     Disponibilizar cartilha do Projeto Político Pedagógico a todos os envolvidos para uma maior clareza da dimensão do projeto Educafro.
ü     Comissão Administrativa fazer banco das horas trabalhadas por cada voluntário seja em aula, na coordenação, em reuniões ou encontros, para que no final do ano seja contabilizado esse valor no certificado de participação.
ü     Preparação antecipada da semana da consciência negra.
ü     Realização de abaixo-assinados por parte de todos para uma educação superior que atenda a todos: veicular a proposta de outras graduações nas universidades públicas em Poços de Caldas.
ü     Reavaliar junto às universidades em Poços de Caldas a quantidade de educandos cotistas que são atendidos e buscar parcerias para associar educandos da Educafro que mostrem um bom desempenho.
ü     Organização de um Manifesto pelos educandos, em setembro, para aproveitar o momento das eleições, discutindo o Ensino Superior, através de um texto compilado que será entregue às autoridades políticas, enquanto culminância do projeto desenvolvido na Educafro.
ü     Avaliação formal e escrita, por parte da comissão pedagógica, com professores, coordenadores e educandos de modo a diagnosticar a satisfação, dificuldades enfrentadas e propostas de mudanças.
ü     Custeio parcial ou total em encontros de núcleos.
ü     Ampliar a relação com a comunidade desde o momento da divulgação até quando houver realização de eventos: grupos de hip-hop, de umbanda, candomblé, capoeira, Chico-Rei, congada, universidades, conselho do negro, sindicatos, etc.
ü     Realização constante de reuniões com a presença de coordenadores, professores, representantes de educandos e interessados.
ü     Comissão financeira em diálogo com a comissão administrativa organizarem um fluxo de caixa mensal com o quadro anexado e sob aviso a todos.
ü     Listar educandos que se interessem em compor uma comissão dos educandos para que sirvam de ponte de referência entre coordenadores e estudantes, gerenciem uma tabela de rotatividade de limpeza, participem das reuniões e depois informem o que foi discutido.