domingo, 17 de abril de 2011

"O Centro do Problema não é o Neoliberalismo, mas o Capitalismo"


Assessor da Conaie, a maior organização indígena do Equador, membro da Clacso e professor universitário,Pablo Dávalos adverte sobre o “neoinstitucionalismo”, a continuação, diz ele, do neoliberalismo por outros meios. Fala também das políticas extrativistas na América Latina e o significado do sumak kawsay, a filosofia originária do “Bem Viver”, que no Equador foi incorporada na Constituição.

Pablo Dávalos foi vice-ministro de Economia do Equador quando Rafael Correa era ministro dessa pasta, durante o governo de Lucio Gutiérrez. Acaba de publicar o livro La democracia disciplinaria. El proyecto posneoliberal para América Latina (Codeu-Puce, Quito). Em suas mais de 500 páginas desnuda o significado político do giro no discurso dos organismos internacionais de crédito para a região, marcando uma paisagem que vai do famoso Consenso de Washington do FMI aos projetos de “reconstrução do Estado” impulsionados pelo Banco Mundial.

Nesta entrevista, Dávalos adverte que agora “o problema não é o neoliberalismo”, já criticado pelo próprioBanco Mundial, mas o “neoinstitucionalismo”, que o continua por outros meios. Propõe prestar atenção ao tipo de legitimidade que requerem hoje as políticas extrativistas de recursos naturais e as contrapõe ao discurso do “bem viver” (sumak kawsay), consagrado na Constituição. Sugere assim um debate intelectual e político sobre o que significa na América Latina ultrapassar o neoliberalismo.


Confira na íntegra: http://pagina13.org.br/?p=7667

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